Fissão Nuclear
O
processo de fissão nuclear ocorre quando um núcleo radioativo é atingido por um
nêutron livre e, devido a esse choque, ele se divide em dois núcleos de
elementos diferentes. O processo resulta ainda em uma emissão de radiação e de
mais nêutrons, em geral. Muito se estudou acerca dos processos de fissão nuclear,
principalmente no sentido de explicar-se de onde vem a energia liberada em
forma de radiação eletromagnética. Além disso, vários cientistas como Lise
Meitner, Otho Hahn e o casal Pierre e Marie Curie notaram em seus experimentos
que o balanço de massa não fechava nas desintegrações nucleares.
No
entanto, eles ainda não podiam explicar o que haviam observado.
Em
1905, Einstein divulgou uma hipótese importante para a sua teoria da
relatividade que acabou resolvendo o problema. Em seu artigo, ele afirmava que
massa e energia são duas coisas intimamente relacionadas. Mais tarde,
utilizou-se uma equação deduzida por Poincaré para se descrever matematicamente
a equivalência entre massa e energia como sendo:
E = m · c2
na
qual E é
a energia envolvida no processo, m
é a massa, e c é a velocidade da luz. Essa famosa
relação indica que, sempre que houver alteração de massa em um processo, a
massa faltante será convertida em grandes valores de energia. Sendo assim, o
mistério do “sumiço”de massa ficou esclarecido, assim como a emissão de
radiação dos processos de decaimento nuclear. Isso porque toda a massa “faltante”
se converte em energia, que é emitida na forma de radiação. É baseada nessa
conversão entre massa e energia que funcionam as usinas nucleares e as bombas
atômicas, como a de Hiroshima e a de Nagasaki.
Mais
tarde, percebeu-se que ficaria mais fácil descrever o problema da seguinte
forma: qualquer variação de massa que ocorra em processos nucleares resultará
em uma variação da energia (em energia fornecida ou consumida) dada pela
relação:
ΔE
= Δm · c2
De acordo com essa relação, se uma moedade massa m = 4
g pudesse ser convertida totalmente em energia, geraria cerca de 360 · 1012 J (trezentos e sessenta mil
giga-joules) de energia!
Fusão Nuclear
Nos processos de fusão nuclear, núcleos de átomos pequenos são
unificados, gerando um terceiro átomo, diferente dos geradores.
A maior quantidade da emissão de energia por parte das estrelas
ocorre baseada em um processo de fusão nuclear, uma vez que esses processos
costumam emitir muito mais energia que a fissão nuclear.
Para citar um exemplo, a reação de fusão que acontece no Sol e em
outras estrelas parecidas pode ser esquematizada da seguinte forma:
4H → He4 + 2e+
+ 2νe+γ,
em que quatro átomos de hidrogênio são transformados em um átomo
de hélio, dois pósitrons (antipartícula do elétron), dois neutrinos e radiação
eletromagnética. Dentro da energia liberada pelo Sol em forma de radiação
eletromagnética, estão a luz visível, o infravermelho, o ultravioleta e outras formas
de radiação eletromagnética.
As mesmas leis sobre a relação entre massa e energia que valem
para a fissão também valem para a fusão nuclear. Existem projetos no mundo todo
que visam a usar a grande quantidade de energia proveniente da fusão entre dois
núcleos (principalmente Deutério e Trítio, ambos isótopos do Hidrogênio) para
geração de energia elétrica. Ela teria uma série de vantagens, como o baixo
número de resíduos radioativos e a eficiência do processo. No entanto, ainda
não existem usinas que funcionam baseadas na fusão nuclear.
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